Nota - Artigo publicado na revista de Agosto do jornal AltoMinho de 5/08/2006Ana Catarina Barbosa é natural de Arcos de Valdevez, terra com grandes tradições no rugby mas, curiosamente, só começou a praticar este desporto quando entrou para a Universidade, em 1997. Actualmente divide o seu tempo entre duas paixões, a profissão, como assessora de imprensa na Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, e o Rugby, no Clube de Rugby de Arcos de Valdevez.
"O rugby era uma modalidade bastante apreciada nos Arcos de Valdevez e sempre tive uma certa curiosidade em praticar, mas foram as minhas colegas de curso na Universidade que me incentivaram a experimentar, na Sociedade Cultural de Rugby da Universidade do Minho", recordou.
Defende com unhas e dentes este desporto, quer dentro quer fora das quatro linhas. "É uma modalidade exigente e de muito contacto, mas não é violenta, tem regras rígidas que são sempre aplicadas pêlos árbitros e respeitadas pêlos atletas, nós sabemos quais são os limites. O rugby não é o vale tudo que muitas pessoas dizem ser", vincou.
Para estar em condições para competir, mesmo a nível amador, é necessário ter alguns cuidados fundamentais para qualquer desportista.
"Principalmente na alimentação e no repouso após os treinos e jogos. Também faço um treino complementar que consiste essencialmente em corrida e natação", revelou, afirmando:
"Não procuro títulos nem prémios, o rugby acima de tudo é uma paixão que vivo muito intensamente.
Jogo por amor à camisola e tento ajudar a consolidar a equipa num bom patamar, para isso é necessário divulgar a modalidade para chamar mais praticantes, principalmente do sexo feminino em que existe uma lacuna."
Começou por exercer funções ligadas à comunicação social quando estagiava na autarquia arcuense, ficando "fascinada" com esta área, mais tarde fez uma licenciatura em comunicação social. No entanto, admite que não é tarefa fácil conciliar a profissão com o rugby. "O tempo para os treinos é limitado, mas com esforço e vontade vou conseguindo", sublinhou.
O novo estádio do CRAV vai revolucionar o rugby em várias vertentes. "É uma grande diferença a todos os níveis, desde balneários, ao relvado sintético até à própria motivação para treinar, foi uma mudança muito positiva e vai contribuir para o desenvolvimento do rugby em Arcos de Valdevez", elogiou.